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Paran? tem maior crescimento no n?mero de empresas do Sul e Sudeste
Segunda-feira, 22 de junho de 2015
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O Paran? registrou o maior crescimento no n?mero de empresas entre os estados das regi?es Sul e Sudeste. Pesquisa do Cadastro Central de Empresas (Cempre), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE), divulgada nesta semana, mostra que entre 2013 e 2012 o Estado registrou um aumento de 3,91% no volume de novas companhias. O n?mero de empresas passou de 411.348 para 427.429.
O resultado supera o de estados como Rio de Janeiro (3,85%), Esp?rito Santo (3,57%), Minas Gerais (3,33%), S?o Paulo (3,13%), Santa Catarina (3,07%) e Rio Grande do Sul (2,85%). O ritmo de abertura de novas empresas tamb?m ficou acima da m?dia nacional, de 3,79%. O levantamento tamb?m revela que houve um aumento de 2,8% no pessoal ocupado nas empresas do Paran? em 2013, passando para 3,49 milh?es de pessoas.
?Certamente o programa Paran? Competitivo contribuiu para este excelente desempenho do Estado?, comentou o governador Beto Richa. ?Acredito que, de uma forma geral, a abertura do di?logo com o setor produtivo encorajou os empres?rios locais a ampliar seus neg?cios e atraiu empresas de fora, nacionais e estrangeiras, a instalar novas plantas industriais em territ?rio paranaense?, acrescentou Richa.
Al?m disso, afirmou o governador, o Estado criou incentivos espec?ficos para os pequenos neg?cios e agilizou o processo de abertura de empresas.
Para Julio Takeshi Suzuki Junior, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econ?mico Social (Ipardes), justamente a tradi??o empreendedora do Paran? e a melhora no ambiente de neg?cios nos ?ltimos quatro anos ajudam a explicar o resultado ?Houve uma mudan?a de postura do Paran?, que passou a ser muito mais favor?vel ao investimento e ? iniciativa empreendedora?, destaca.
De acordo com o IBGE, os crescimentos mais expressivos na abertura de novas empresas no Paran? ocorreram nos ramos da constru??o (14,28%), atividades imobili?rias (13,98%), transporte, armazenagem e correio (9,38%), atividades profissionais, cient?ficas e t?cnicas (8,01%) e sa?de humana e servi?os sociais (7,89%). A ind?stria da transforma??o, puxada pelo setor de alimentos, tamb?m teve crescimento, com 3,6%.
?O maior destaque foi o setor imobili?rio, que estava no auge naquele per?odo, com o boom da constru??o. Mas tivemos bons desempenhos em setores com base forte no Estado, como transporte, armazenagem, sa?de e ind?stria?, diz Suzuki.
MICROS ? No que se refere ao porte das empresas, o Paran? se destaca no grupo que emprega at? 19 pessoas, com crescimento de 3,93% em 2013, tamb?m ? frente dos demais estados do Sul e do Sudeste. ?Esse resultado comprova o dinamismo das microempresas, garantindo, al?m de avan?os econ?micos, ganhos sociais?, diz Suzuki.
O Paran? tem um dos melhores ambientes de neg?cios do Pa?s, gra?as a uma pol?tica tribut?ria favor?vel e a programas de apoio ao microempres?rio, por meio de capacita??o e microcr?dito, de acordo com o gerente da Unidade de Ambiente de Neg?cios do Servi?o Brasileiro de Apoio ?s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Paran?, Cesar Rissete.
O Governo do Estado pratica a menor al?quota do Pa?s do Simples Nacional ? que engloba sete ou oito tributos, dependendo da atividade, entre eles ICMS, ISS e Cofins. A m?dia nacional ? de 5,5%, contra 4,6% praticada pelo Paran?. De acordo com a Secretaria da Fazenda, 80% das 250,3 mil micro e pequenas empresas do Paran? s?o isentas de ICMS.
A medida beneficia empresas com faturamento bruto de at? R$ 360 mil nos ?ltimos 12 meses. Mas h? tamb?m redu??o da base de c?lculo do imposto para as demais faixas, que vai de 11,39% a 71,24%.
FINANCIAMENTO - O Paran? tamb?m concentra hoje seis das onze Sociedades Garantidoras de Cr?dito (SCG) em funcionamento no Pa?s. As SCGs t?m um papel importante ao dar aval para as empresas na contrata??o de recursos. ?Muitas vezes o microempres?rio n?o tem como apresentar garantias reais para o banco e ? a? que as SGCs entram. Isso tem facilitado o financiamento para esses empres?rios em institui?es como a Fomento Paran? e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE)?, acrescenta.
De acordo com o Sebrae, prevalece o empreendedorismo de oportunidade na hora de abrir um neg?cio, com uma participa??o de 70% nas novas empresas. No passado, o empreendedorismo era provocado principalmente pela necessidade, motivado pela perda do emprego. Nos ?ltimos anos, a taxa de mortalidade das empresas vem caindo - 25% dos empreendimentos fecham antes de completar dois anos. ?Esse ?ndice era de 50% h? dez anos?, diz Rissete.
CAUTELA - A piora do cen?rio econ?mico nacional ? com alta dos juros e da infla??o e escassez de cr?dito ? no entanto, tem feito o empreendedor ficar mais cauteloso. O n?mero de novas empresas no Paran? continua em crescimento em 2015, mas em ritmo menor que no ano passado.
Segundo dados da Junta Comercial, de janeiro a maio foram criadas 17.779 novas empresas e filiais, sem considerar os Micro Empreendedores Individuais (MEI). O volume representa uma queda de 8,8% em rela??o ao mesmo per?odo de 2014. ?? natural que o empreendedor tenha mais cuidado em tempos de crise. Por isso ? importante o refor?o nas pol?ticas de apoio aos microempres?rios?, completa.
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